A qualidade do ar interior é de suma importância em ambientes climatizados, pois é ele que previne doenças e garante o conforto aos usuários. Leia mais aqui!
A qualidade do ar interior atualmente é um dos itens mais importantes em ambientes climatizados.
Má qualidade do ar interior leva ao cansaço, falta de concentração e pode até trazer doenças.
Esse assunto é de tal importância que até existe uma Lei Federal, LEI Nº 13.589, DE 4 DE JANEIRO DE 2018 .
Essa é a Lei do PMOC.
Segundo a Lei, todos os edifícios de uso público e coletivo que possuem ambientes de ar interior climatizado artificialmente deve dispor de um PMOC dos respectivos sistemas de climatização.
O PMOC visa à eliminação ou minimização de riscos potenciais à saúde dos ocupantes.
E nesse Plano de Manutenção, dependendo da situação, deve haver a análise da qualidade do ar.
Mas o PMOC é um outro assunto e se você quiser saber mais leia em nosso post: PMOC Ar Condicionado – Sua Importância.
Posto isso meus nobres, vamos ao tema em questão.
Mas antes de adentrar no assunto é preciso definir contaminante e uma boa qualidade do ar.
Sob a ótica da climatização e ventilação, contaminante é qualquer substância que não é parte da composição normal do ar atmosférico.
Contudo, também se considera contaminante quando algum componente normal do ar esteja em uma concentração acima de limites pré determinados.
Os contaminantes são classificados como partículas (sólidas ou líquidas), gases ou, ainda, aerossóis.
Os aerossóis, por sua vez, são suspensões de partículas que estão na fase gasosa .
Boa qualidade do ar é quando não há concentração de contaminantes acima dos limites recomendáveis para a saúde dos ocupantes.
A seguir relacionamos alguns fatores que influenciam na qualidade do ar interno:
Com certeza você está se perguntando o que o ar externo tem a ver com a qualidade do ar interno.
Mas digo a você que tem praticamente tudo a ver.
Pois o ar externo naturalmente é encontrado em ambientes “fechados”, climatizados.
Ele adentra o recinto por meio de portas, janelas, sistema de ventilação.
Por isso a importância, também, da renovação do ar interior.
O ar externo é uma fonte perigosa de contaminantes, porque ele naturalmente contém impurezas como:
Mas como controlar a qualidade do ar externo?
Através de pelo menos as seguintes ações:
A ventilação é um processo que renova o ar dentro de um ambiente fechado.
Sendo portanto crucial para uma boa qualidade do ar interior.
Pois é ela que dilui a concentração de contaminantes gerados no próprio ambiente e que não são retidos nos filtros, como odores e gases.
Mas os aparelhos de ar condicionado não servem para renovar o ar?
Não, eles não renovam o ar.
Então o que é preciso para garantir a renovação do ar?
É preciso instalar um sistema composto por um ventilador e caixa de filtros.
Mas não é só isso.
Esse sistema deve atender a tabela de filtragem constante na Norma ABNT NBR 16401.
Mas há um tipo de ar condicionado que até faz a renovação do ar, embora não seja a ideal.
Estou falando do ar split tipo Cassete.
Tal ar condicionado tem uma funcionalidade um pouco diferente.
O split cassete permite que se conecte a ele uma tomada de ar externo.
Dessa forma, ele faz uma certa renovação do ar.
Contudo, o ideal é instalar equipamentos próprios para a renovação do ar.
Mas para isso deve-se levantar a carga térmica do ambiente e verificar a vazão de ar necessária para cada ocupante.
E só depois escolher o equipamento de renovação do ar.
Talvez você não saiba de onde vem a maior parte dos contaminantes do ar interno.
Pois bem, ele provém do próprio ambiente interno, através dos seus ocupantes e mobília.
Sendo que os ocupantes contribuem de duas formas:
E se houver muitos ocupantes no ambiente fechado, sem renovação adequada do ar, a concentração de gás carbônico se eleva bastante tornando-se assim prejudicial.
Além do mais, outro ponto muito importante a se considerar é se existe algum agente patógeno no ambiente (vírus, fungos, bactérias).
Pois esses agentes podem se propagar através do ar condicionado.
E em poucos dias todas as pessoas estarão doentes.
Por sua vez, a mobília gera material particulado que fica em suspensão no ambiente devido à atividades como varrer e tirar pó.
O material particulado é puxado pelo condicionador de ar e é jogado de novo no ambiente.
Dessa forma ele atinge maior distância, causando alergia em seus ocupantes.
Ainda em nosso país as pessoas não dão a devida importância à manutenção dos seus condicionadores de ar.
Seja por falta de conhecimento ou, pior, para reduzir gastos.
Enquanto esse pensamento não for modificado, as coisas não vão melhorar muito.
Enfim….
Mas como deve ser feita a manutenção do ar condicionado?
Uma boa manutenção do ar condicionado deve incluir a limpeza de componentes como serpentinas, bandejas, umidificadores, dutos, ventiladores, filtros, entre outros.
Por que esses componentes são os responsáveis pela proliferação de fungos, bactérias e contaminantes em geral.
Bem como é indispensável preservar as tomadas de ar externo e monitorar com frequência a funcionalidade do sistema.
Então fique sempre atento às pessoas que irão limpar o seu ar condicionado.
Sempre verifique se fazem a higienização do ar condicionado de forma correta.
Verifique se a pessoa faz apenas uma limpeza superficial ou se ela desmonta a carenagem do aparelho para a limpez.
Pois no segundo caso ela tem melhor acesso à serpentina, ventilador, bandeja de dreno e outros componentes.
Consequentemente poderá fazer uma melhor higienização do seu aparelho.
Sem dúvida alguma os benefícios de um ar interior de qualidade são muitos.
Senão, veja só.
Em ambientes comerciais, uma boa qualidade do ar proporciona funcionários mais produtivos e menores taxas de absenteísmo.
Consequentemente haverá maior retorno financeiro para empresas e funcionários.
Em escolas diversos estudos indicam que crianças possuem sua taxa de aprendizagem comprometida quando a qualidade do ar não está adequada.
Além disso, um sistema mal projetado e com manutenção precária é responsável por graves doenças pulmonares.
Segundo a Resolução – RE nº 9, de 16 de janeiro de 2003 da Anvisa – os procedimentos de amostragem, medições e análises laboratoriais tem como responsável legal o profissional de nível superior:
a) Ou com habilitação em química (Engenheiro Químico, Químico ou Farmacêutico),
b) Ou na área de Biologia (Biólogo, Farmacêutico e Biomédico).
Ainda diz a Resolução que as análises laboratoriais e sua responsabilidade técnica devem obrigatoriamente estar desvinculadas das atividades de limpeza e manutenção do sistema de climatização.
Conclui-se portanto que às empresas de ar condicionado cabe apenas a manutenção dos equipamentos.
Elas não podem coletar amostras e executar a análise da qualidade do ar.
Ou seja, o serviço relacionado com a qualidade do ar deve ser feito pelo profissional de nível superior com habilitação em química ou biologia.
Ademais, recomenda-se que os laboratórios de análise da qualidade do ar interno sejam acreditados na norma de qualidade NBR ISO/IEC 17.025 – procedimentos laboratoriais na área de saúde.
Considerando que passamos em média 90% do tempo em ambientes climatizados (habitações, trabalho, escolas, espaços comerciais, transporte, etc.)
Pode-se então dizer que a má qualidade do ar interior de um edifício constitui um risco para a saúde dos seus ocupantes.
Sendo assim, a alta preocupação com a qualidade do ar em ambientes climatizados deve-se a dois fatores.
O primeiro é o claro impacto que um ar de má qualidade causa sobre a saúde dos ocupantes.
Já o segundo ponto diz respeito aos benefícios econômicos a médio prazo.
Mas como a qualidade do ar traz benefícios econômicos?
Estudos internacionais demonstram que benefícios econômicos são alcançados através de uma boa manutenção dos sistemas de climatização.
Bem como a adoção de normas e procedimentos regulares como limpeza de dutos, troca regular de filtros e utilização de tecnologias complementares como a foto-catálise.
Por último, mas não menos importante, tem mais um tema importante.
A Síndrome do Edifício Doente.
Talvez você já tenha ouvido sobre ela.
Nunca ouviu falar?
Não tem problema.
Eu vou explicar o que é isso.
Então bora lá…
É uma situação na qual os ocupantes de um prédio específico apresentam sintomas sem origem determinada e sem a possibilidade de constatação de uma determinada etiologia.(OMS)
A SED é uma condição que ocorre quando uma série de ocupantes do edifício tem sintomas inespecíficos sem uma causa específica identificável.
Os sintomas incluem:
Mas o que deve ser considerado um edifício doente?
É necessário que pelo menos 20% de seus ocupantes apresentem alguns dos sintomas acima por no mínimo duas semanas,.
E ainda, assim que indivíduo se afasta do edifício estes sintomas desaparecem.
Os principais fatores relacionados à SED são:
Bem, agora você sabe por que é importante garantir uma boa qualidade do ar de interiores, principalmente em ambientes climatizados.
E sinceramente espero que tenha gostado desse artigo.
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